Dois homens mortos em confronto estariam atuando como seguranças do espaço. Operação aconteceu na zona rural de Dianópolis. Polícia investiga se máquina em fábrica clandestina de cigarros foi furtada no RJ
Os nomes dos mortos em confronto com a polícia durante operação que fechou uma fábrica de cigarros clandestina em Dianópolis, no sudeste do estado, foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Eles são Marcos Alberto Meireles, 49 anos, e Rosinaldo Romualdo de Souza, de 46 anos. Segundo a polícia, ambos estariam fazendo a segurança do local.
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O confronto aconteceu na zona rural do município, quando a Polícia Militar encontrou a fábrica, na tarde de domingo (27). Além das mortes, um homem que seria gerente da fábrica foi preso.
Mortes em confronto, embalagens paraguaias e galpão escondido; veja o que se sabe sobre fábrica clandestina de cigarros no TO
Segundo a SSP, os corpos levados para o Núcleo de Medicina Legal de Natividade. Ambos estavam na unidade na tarde desta segunda-feira (28), onde vão passar por exames de necropsia.
Caixas de cigarro encontradas em estrutura de galpão
Divulgação
A fábrica clandestina foi encontrada pela PM do Tocantins depois de troca de informações com as polícias de Pernambuco e Bahia. O galpão escondido em uma fazenda continha maquinários e insumos suficientes para produzir até 1 milhão de cigarros por dia.
A pessoa presa em flagrante na operação confessou em depoimento que outras pessoas eram trazidas do Paraguai para trabalhar na fábrica.
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Dois homens morrem em troca de tiros com a PM durante operação em fábrica de cigarros clandestina
Estrutura e crimes
O espaço para produção de cigarros possuía alojamentos com capacidade para 18 pessoas. O comandante da PM, Coronel Márcio Antônio Barbosa, explicou que os trabalhadores eram impedidos de sair do local até que finalizassem a produção, o que caracteriza situação análoga à escravidão.
Apesar disto, no momento da operação não foram encontrados trabalhadores no local.
Conforme a investigação, por ter sido construída em um a fazenda, era simulado que a propriedade rural era usada para criação de animais.
Galpão encontrado na zona rural de Dianópolis
Divulgação
Foram apreendidos caminhões, 25 toneladas de tabaco in natura, 12 bobinas de papel de uma tonelada cada, 815 caixas de cigarros prontos, totalizando 12,3 toneladas, 126 caixas de filtros de cigarros, equivalente a 2,5 toneladas, além dos maquinários.
A Polícia Federal também participou da operação e segundo o delegado João Marcos Monteiro, a fábrica tinha isolamento térmico e acústico.
Seis marcas de cigarros do Paraguai eram produzidas sem autorização para comercialização no Brasil. Com estrutura profissional, a polícia identificou que os criminosos usavam embalagens para simular que o cigarro tinha origem paraguaia.
“Ao invés da produção desses produtos ser realizada no Paraguai, eles trouxeram a indústria que seria sediada lá, aqui para o Tocantins, afim de que aqui fossem produzidos esses produtos, com aparência como se tivesse sido produzida no exterior”, disse o delegado da PF.
Fábrica clandestina de cigarro em Dianópolis
Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera
A Polícia Federal também vai investigar se uma das máquinas usadas na fábrica é a mesma que foi furtada no Rio de Janeiro, em março deste ano.
Quanto à suspeita de trabalho análogo à escravidão, a PF informou que como não havia trabalhadores no local, possivelmente eles compareciam na indústria de forma sazonal.
A TV Anhanguera conseguiu entrar no alojamento e registrou que havia roupas espalhadas pelo chão, malas, cabos e sacos, além de camas, objetos de higiene pessoal, utensílios de cozinha e pacotes de erva mate comercializados no Paraguai.
Apesar dos indícios, a prisão em flagrante do suposto gerente não teve esse crime como alvo, pois não havia pessoas trabalhando na fábrica clandestina, disse o delegado federal. “Essa será uma nova circunstância que será apurada no inquérito policial, mas de fato visualizando o local em que os indivíduos eles ficavam alojados, isso pode até mesmo vir a configurar uma situação análoga à escravidão”.
Nas proximidades ainda havia uma casa, que segundo a polícia estaria servindo de apoio às pessoas que atuavam na fábrica. No local havia animais de estimação e ração espalhada pelo chão.
Veja como era por dentro da fabrica clandestina de cigarros em Dianópolis
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.
Os nomes dos mortos em confronto com a polícia durante operação que fechou uma fábrica de cigarros clandestina em Dianópolis, no sudeste do estado, foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Eles são Marcos Alberto Meireles, 49 anos, e Rosinaldo Romualdo de Souza, de 46 anos. Segundo a polícia, ambos estariam fazendo a segurança do local.
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O confronto aconteceu na zona rural do município, quando a Polícia Militar encontrou a fábrica, na tarde de domingo (27). Além das mortes, um homem que seria gerente da fábrica foi preso.
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Segundo a SSP, os corpos levados para o Núcleo de Medicina Legal de Natividade. Ambos estavam na unidade na tarde desta segunda-feira (28), onde vão passar por exames de necropsia.
Caixas de cigarro encontradas em estrutura de galpão
Divulgação
A fábrica clandestina foi encontrada pela PM do Tocantins depois de troca de informações com as polícias de Pernambuco e Bahia. O galpão escondido em uma fazenda continha maquinários e insumos suficientes para produzir até 1 milhão de cigarros por dia.
A pessoa presa em flagrante na operação confessou em depoimento que outras pessoas eram trazidas do Paraguai para trabalhar na fábrica.
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Apesar disto, no momento da operação não foram encontrados trabalhadores no local.
Conforme a investigação, por ter sido construída em um a fazenda, era simulado que a propriedade rural era usada para criação de animais.
Galpão encontrado na zona rural de Dianópolis
Divulgação
Foram apreendidos caminhões, 25 toneladas de tabaco in natura, 12 bobinas de papel de uma tonelada cada, 815 caixas de cigarros prontos, totalizando 12,3 toneladas, 126 caixas de filtros de cigarros, equivalente a 2,5 toneladas, além dos maquinários.
A Polícia Federal também participou da operação e segundo o delegado João Marcos Monteiro, a fábrica tinha isolamento térmico e acústico.
Seis marcas de cigarros do Paraguai eram produzidas sem autorização para comercialização no Brasil. Com estrutura profissional, a polícia identificou que os criminosos usavam embalagens para simular que o cigarro tinha origem paraguaia.
“Ao invés da produção desses produtos ser realizada no Paraguai, eles trouxeram a indústria que seria sediada lá, aqui para o Tocantins, afim de que aqui fossem produzidos esses produtos, com aparência como se tivesse sido produzida no exterior”, disse o delegado da PF.
Fábrica clandestina de cigarro em Dianópolis
Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera
A Polícia Federal também vai investigar se uma das máquinas usadas na fábrica é a mesma que foi furtada no Rio de Janeiro, em março deste ano.
Quanto à suspeita de trabalho análogo à escravidão, a PF informou que como não havia trabalhadores no local, possivelmente eles compareciam na indústria de forma sazonal.
A TV Anhanguera conseguiu entrar no alojamento e registrou que havia roupas espalhadas pelo chão, malas, cabos e sacos, além de camas, objetos de higiene pessoal, utensílios de cozinha e pacotes de erva mate comercializados no Paraguai.
Apesar dos indícios, a prisão em flagrante do suposto gerente não teve esse crime como alvo, pois não havia pessoas trabalhando na fábrica clandestina, disse o delegado federal. “Essa será uma nova circunstância que será apurada no inquérito policial, mas de fato visualizando o local em que os indivíduos eles ficavam alojados, isso pode até mesmo vir a configurar uma situação análoga à escravidão”.
Nas proximidades ainda havia uma casa, que segundo a polícia estaria servindo de apoio às pessoas que atuavam na fábrica. No local havia animais de estimação e ração espalhada pelo chão.
Veja como era por dentro da fabrica clandestina de cigarros em Dianópolis
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