Major, sargento e tenente foram denunciados e viraram réus em Ação Penal Militar. Crimes foram descobertos depois que outros militares suspeitaram do extravio de veículos e denunciaram aos superiores. Motos retiradas de quartel foram encontradas na casa de suspeito
Reprodução
Três policiais militares são suspeitos de se apropriarem e venderem veículos que estavam apreendidos em quartéis da Polícia Militar, em cidades da região oeste do estado. Em alguns casos, carros foram vendidos como sucata por R$ 10 mil, segundo a investigação.
📱 Participe do canal do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular.
Os militares foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) e agora respondem pelos crimes de peculato e extravio, previstos no Código Penal Militar, e por integrar organização criminosa. Se condenados nas penas máximas, podem pegar cerca de 30 anos de prisão.
O caso foi investigado pela Corregedoria da Polícia Militar em um Inquérito Policial Militar. Conforme a denúncia, foram encontradas provas de que os militares se apropriaram e venderam nove carros e 30 motocicletas, entre o final de 2021 e os meses de janeiro e fevereiro de 2022.
Foram denunciados o major Dianyr Jales da Silva, o 2º tenente Adelman Lustosa Neto e o 3º sargento Cícero Gomes da Silva Neto.
O advogado Antônio Ianowich, que defende o sargento Cícero Gomes, afirmou que o cliente é “inocente e a instrução do processo trará luz aos fatos e temos certeza de sua absolvição”.
O advogado Maurício Haeffner, defesa do major Dianyr Jales, afirmou que “não vai se manifestar neste momento porque tem toda a instrução processual pela frente e vai deixar para se manifestar apenas nos autos do processo.”
O g1 não conseguiu contato com a defesa do tenente Adelman Lustosa Neto até a publicação desta reportagem.
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) informou que a denúncia foi apresentada pela 29ª Promotoria de Justiça da Capital e aceita pela Vara da Justiça Militar, em Palmas, onde se encontra tramitando na forma de Ação Penal Militar.
Em nota, a Polícia Militar informou que está em processo de lavantamento das informações sobre o caso.
LEIA TAMBÉM
Foragido por matar homem a tiros após pedir dose em bar é preso pela PM
Veja quem são os mortos durante troca de tiros com a PM em fábrica clandestina de cigarros
Como funcionou o suposto esquema
Conforme a investigação, o major Dianyr Jales, exercendo a função de comandante da 4ª CIPM, em várias oportunidades autorizou e ordenou que o tenente Lustosa e o sargento Silva Neto vendessem e entregassem motos e automóveis que estavam apreendidos nos pátios das unidades militares da região da 4ª CIPM (Lagoa da Confusão, Cristalândia, Pium, Fátima, Nova Rosalândia e Santa Rita).
Os veículos supostamente eram retirados por guinchos e levados até ferros-velhos. Diante da grande movimentação de veículos apreendidos e retirados das unidades, outros oficiais da PM denunciaram o caso aos superiores, levando a prisão de três homens que estavam com 25 motos, que deveriam estar nos pátios da PM.
“Todos os presos confirmaram que negociaram as compras dos veículos com o TEN PM Lustosa e SGT PM Silva Neto, na maioria das vezes, quando os mesmos estavam fardados e de serviço, e os militares teriam afirmado que os compradores não teriam problemas com a situação das motos, mas também não forneciam qualquer documento sobre os veículos”, diz trecho da denúncia.
Os receptadores contaram que adquiriam cada moto por aproximadamente R$ 1 mil e, após manutenção, eram revendidas por valores entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil, cada uma. No caso dos carros, alguns foram vendidos como sucata por R$ 10 mil.
Parte do dinheiro, segundo a investigação, era repassado aos militares. Ainda segundo o documento, em pelo menos dois destacamentos da PM, os documentos de controle dos veículos apreendidos foram extraviados.
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.
Reprodução
Três policiais militares são suspeitos de se apropriarem e venderem veículos que estavam apreendidos em quartéis da Polícia Militar, em cidades da região oeste do estado. Em alguns casos, carros foram vendidos como sucata por R$ 10 mil, segundo a investigação.
📱 Participe do canal do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular.
Os militares foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) e agora respondem pelos crimes de peculato e extravio, previstos no Código Penal Militar, e por integrar organização criminosa. Se condenados nas penas máximas, podem pegar cerca de 30 anos de prisão.
O caso foi investigado pela Corregedoria da Polícia Militar em um Inquérito Policial Militar. Conforme a denúncia, foram encontradas provas de que os militares se apropriaram e venderam nove carros e 30 motocicletas, entre o final de 2021 e os meses de janeiro e fevereiro de 2022.
Foram denunciados o major Dianyr Jales da Silva, o 2º tenente Adelman Lustosa Neto e o 3º sargento Cícero Gomes da Silva Neto.
O advogado Antônio Ianowich, que defende o sargento Cícero Gomes, afirmou que o cliente é “inocente e a instrução do processo trará luz aos fatos e temos certeza de sua absolvição”.
O advogado Maurício Haeffner, defesa do major Dianyr Jales, afirmou que “não vai se manifestar neste momento porque tem toda a instrução processual pela frente e vai deixar para se manifestar apenas nos autos do processo.”
O g1 não conseguiu contato com a defesa do tenente Adelman Lustosa Neto até a publicação desta reportagem.
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) informou que a denúncia foi apresentada pela 29ª Promotoria de Justiça da Capital e aceita pela Vara da Justiça Militar, em Palmas, onde se encontra tramitando na forma de Ação Penal Militar.
Em nota, a Polícia Militar informou que está em processo de lavantamento das informações sobre o caso.
LEIA TAMBÉM
Foragido por matar homem a tiros após pedir dose em bar é preso pela PM
Veja quem são os mortos durante troca de tiros com a PM em fábrica clandestina de cigarros
Como funcionou o suposto esquema
Conforme a investigação, o major Dianyr Jales, exercendo a função de comandante da 4ª CIPM, em várias oportunidades autorizou e ordenou que o tenente Lustosa e o sargento Silva Neto vendessem e entregassem motos e automóveis que estavam apreendidos nos pátios das unidades militares da região da 4ª CIPM (Lagoa da Confusão, Cristalândia, Pium, Fátima, Nova Rosalândia e Santa Rita).
Os veículos supostamente eram retirados por guinchos e levados até ferros-velhos. Diante da grande movimentação de veículos apreendidos e retirados das unidades, outros oficiais da PM denunciaram o caso aos superiores, levando a prisão de três homens que estavam com 25 motos, que deveriam estar nos pátios da PM.
“Todos os presos confirmaram que negociaram as compras dos veículos com o TEN PM Lustosa e SGT PM Silva Neto, na maioria das vezes, quando os mesmos estavam fardados e de serviço, e os militares teriam afirmado que os compradores não teriam problemas com a situação das motos, mas também não forneciam qualquer documento sobre os veículos”, diz trecho da denúncia.
Os receptadores contaram que adquiriam cada moto por aproximadamente R$ 1 mil e, após manutenção, eram revendidas por valores entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil, cada uma. No caso dos carros, alguns foram vendidos como sucata por R$ 10 mil.
Parte do dinheiro, segundo a investigação, era repassado aos militares. Ainda segundo o documento, em pelo menos dois destacamentos da PM, os documentos de controle dos veículos apreendidos foram extraviados.
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.