Na última quarta-feira (30), a técnica de enfermagem Karle Cristina e seu bebê Lorenzo morreram após um parto no Hospital Materinadade Dona Regina. Unidade foi vistoriada pelo Ministério Público e a família da de Karle registrou um boletim de ocorrência. Pai reclama de demora em atendimento no Hospital e Maternidade Dona Regina
Após a morte de Karle Cristina Vieira Bassorici e seu bebê, no Hospital e Maternidade Dona Regina, outros pais reclamaram sobre os atendimentos na unidade. Cassiano Oliveira está no hospital desde a quinta-feira (31), aguardando sua companheira, que está em trabalho de parto. Ele contou em entrevista à TV Anhanguera que devido as dores da mulher pediu para que fosse feita a cesariana, mas foi informado pela administração que não há sala para o procedimento.
“Demos entrada aqui na maternidade às 21h [de quinta-feira], às 4h fomos para a mesa de pré-parto e até o presente momento nada. O método que eles estão usando, o método doloroso, que é o parto normal. Então assim, das 4h30 da manhã até agora ela está só sentindo dores. Tentando o parto normal. Desde cedo questionei isso, por que não muda a forma? Por que não passa para uma cesariana? A resposta da administração é porque simplesmente não tem local, não tem sala para fazer a cesariana. É um total descaso”, contou.
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A Secretaria Estadual de Saúde, informou em nota à TV Anhanguera realiza ações como chamamentos públicos para médicos especialistas em ginecologia e obstetrícia e pediatria e a indenização para profissionais de saúde para garantir a recomposição de escalas. (Veja nota completa abaixo)
Cassiano Oliveira em entrevista à TV Anhanguera sobre atendimentos no Hospital e Maternidade Dona Regina
Reprodução/TV Anhanguera
Segundo Cassiamo, a companheira foi levada para o centro de cirurgia por volta das 12h desta sexta-feira (1º). Ele explica que no hospital há apenas dois médicos e já contou cerca de 40 mulheres aguardando consultas e partos.
“E tanto ontem como hoje são dois médicos. Um na parte de baixo, cuidando da parte de fazer o parto e outro para coisas mais graves, que é infecção, cuidados com os bebês. Hoje mesmo durante a manhã eu contei e tinha cerca de 40 mulheres. Tudo aguardando. Tanto consulta, quanto para ganhar o bebê”, explicou.
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Ver a companheira com dores e a espera pelo parto tem afetado o emocional de Cassiano. “Muito quebrado. Já chorei muito, já pedi a Deus muito. E saber que a administração não enxerga, não nos acolhe e tudo o que faz é com certo descaso”.
Caso Karle Cristina
A técnica de enfermagem Karle Cristina Vieira Bassorici, de 30 anos, estava grávida de 38 semanas e aguardava pela chegada do filho, Lorenzo, mas os dois passaram por complicações no parto e morreram no Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas. A família registrou boletim de ocorrência para que a Polícia Civil investigue a causa das mortes.
Karle Cristina Vieira estava grávida de 39 semanas. Ela e o bebê morreram no Hospital e Maternidade Dona Regina.
Arquivo Pessoal
Conforme a família, Karle foi ao Dona Regina na noite de terça-feira (29) por volta das 21h30, com queixa de febre e dores lombares. Ela recebeu medicação e foi liberada. No dia seguinte ela voltou ainda com dores, mas desta vez com sangramento. Foi feito o parto, mas o bebê já estava morto, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Karle morreu horas depois.
“A família está desolada e entende que é fundamental esclarecer os fatos de maneira adequada. Para tanto, foi registrado um boletim de ocorrência, no qual o caso está sendo tratado como homicídio culposo”, afirma o advogado Breno Vieira.
Na quinta-feira (31), o Ministério Público foi até a unidade e realizou uma vistoria. Foram solicitadas cópias de prontuários médicos e outros documentos. Segundo a promotoria, a inspeção busca identificar possíveis falhas na prestação de serviços do hospital e ausência de especialistas. A diretoria do hospital tem 15 dias para enviar as informações solicitadas.
O que diz a SES?
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que trabalha de forma estratégica para fortalecer a rede hospitalar sob sua gestão, em especial ao Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), unidade de alta complexidade referência para a macrorregião sul do Tocantins.
Dentre as ações da gestão estão os chamamentos públicos, amplamente divulgados para a contratação de médicos especialistas em ginecologia e obstetrícia e pediatria e o estabelecimento de indenização para profissionais de saúde que atuam em plantões extraordinários nas unidades hospitalares, com o objetivo garantir a imediata recomposição de escalas de serviço de profissionais de saúde e substituir os servidores em caso de licença, com atestado médico, ou em gozo de férias.
A SES-TO pontua que foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE-TO), da quinta-feira, 31, a instituição de Indenização por Procedimentos Obstétricos, com valores específicos para o HMRD, contribuindo para suprir as lacunas de médicos especialistas e estimular as equipes.
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.
Após a morte de Karle Cristina Vieira Bassorici e seu bebê, no Hospital e Maternidade Dona Regina, outros pais reclamaram sobre os atendimentos na unidade. Cassiano Oliveira está no hospital desde a quinta-feira (31), aguardando sua companheira, que está em trabalho de parto. Ele contou em entrevista à TV Anhanguera que devido as dores da mulher pediu para que fosse feita a cesariana, mas foi informado pela administração que não há sala para o procedimento.
“Demos entrada aqui na maternidade às 21h [de quinta-feira], às 4h fomos para a mesa de pré-parto e até o presente momento nada. O método que eles estão usando, o método doloroso, que é o parto normal. Então assim, das 4h30 da manhã até agora ela está só sentindo dores. Tentando o parto normal. Desde cedo questionei isso, por que não muda a forma? Por que não passa para uma cesariana? A resposta da administração é porque simplesmente não tem local, não tem sala para fazer a cesariana. É um total descaso”, contou.
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A Secretaria Estadual de Saúde, informou em nota à TV Anhanguera realiza ações como chamamentos públicos para médicos especialistas em ginecologia e obstetrícia e pediatria e a indenização para profissionais de saúde para garantir a recomposição de escalas. (Veja nota completa abaixo)
Cassiano Oliveira em entrevista à TV Anhanguera sobre atendimentos no Hospital e Maternidade Dona Regina
Reprodução/TV Anhanguera
Segundo Cassiamo, a companheira foi levada para o centro de cirurgia por volta das 12h desta sexta-feira (1º). Ele explica que no hospital há apenas dois médicos e já contou cerca de 40 mulheres aguardando consultas e partos.
“E tanto ontem como hoje são dois médicos. Um na parte de baixo, cuidando da parte de fazer o parto e outro para coisas mais graves, que é infecção, cuidados com os bebês. Hoje mesmo durante a manhã eu contei e tinha cerca de 40 mulheres. Tudo aguardando. Tanto consulta, quanto para ganhar o bebê”, explicou.
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Caso Karle Cristina
A técnica de enfermagem Karle Cristina Vieira Bassorici, de 30 anos, estava grávida de 38 semanas e aguardava pela chegada do filho, Lorenzo, mas os dois passaram por complicações no parto e morreram no Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas. A família registrou boletim de ocorrência para que a Polícia Civil investigue a causa das mortes.
Karle Cristina Vieira estava grávida de 39 semanas. Ela e o bebê morreram no Hospital e Maternidade Dona Regina.
Arquivo Pessoal
Conforme a família, Karle foi ao Dona Regina na noite de terça-feira (29) por volta das 21h30, com queixa de febre e dores lombares. Ela recebeu medicação e foi liberada. No dia seguinte ela voltou ainda com dores, mas desta vez com sangramento. Foi feito o parto, mas o bebê já estava morto, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Karle morreu horas depois.
“A família está desolada e entende que é fundamental esclarecer os fatos de maneira adequada. Para tanto, foi registrado um boletim de ocorrência, no qual o caso está sendo tratado como homicídio culposo”, afirma o advogado Breno Vieira.
Na quinta-feira (31), o Ministério Público foi até a unidade e realizou uma vistoria. Foram solicitadas cópias de prontuários médicos e outros documentos. Segundo a promotoria, a inspeção busca identificar possíveis falhas na prestação de serviços do hospital e ausência de especialistas. A diretoria do hospital tem 15 dias para enviar as informações solicitadas.
O que diz a SES?
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que trabalha de forma estratégica para fortalecer a rede hospitalar sob sua gestão, em especial ao Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), unidade de alta complexidade referência para a macrorregião sul do Tocantins.
Dentre as ações da gestão estão os chamamentos públicos, amplamente divulgados para a contratação de médicos especialistas em ginecologia e obstetrícia e pediatria e o estabelecimento de indenização para profissionais de saúde que atuam em plantões extraordinários nas unidades hospitalares, com o objetivo garantir a imediata recomposição de escalas de serviço de profissionais de saúde e substituir os servidores em caso de licença, com atestado médico, ou em gozo de férias.
A SES-TO pontua que foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE-TO), da quinta-feira, 31, a instituição de Indenização por Procedimentos Obstétricos, com valores específicos para o HMRD, contribuindo para suprir as lacunas de médicos especialistas e estimular as equipes.
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