Acidente aconteceu em um clube em Porto Nacional, quando o menino estava dentro do carro de um policial militar. Segundo a perícia a bala atingiu a vítima no rosto, na região nasal, e saiu pela parte posterior do crânio. Menino de 6 anos morto com tiro acidental de arma de policial militar é velado
Henrique Coelho Rocha de 6 anos morreu com um tiro acidental na cabeça em Porto Nacional. O acidente aconteceu em um clube da cidade quando o menino estava dentro do carro de um policial, onde foi colocado para se proteger da chuva. O irmão da vítima, Kayky Rocha, soube da morte quando estava indo para casa e viu a ambulância em frente ao portão.
Em entrevista á TV Anhanguera, Kayky relembrou as boas memórias que construiu com o irmão e lamentou não ter tido a oportunidade de se despedir dele.
“Estava vindo da esquina para cá [casa], quando eu vi os carros aqui. Cheguei no meio do caminho e quase cai. Estava desesperado. O que mais me deixa triste é que eu não consegui dar um último adeus para ele. Não consegui. Passei a manhã toda ocupado e quando saí dessa ocupação já fui para o serviço. Não consegui ver ele, não consegui brincar com ele. Esse é meu arrependimento, não ter passado mais tempo com ele, não ter conseguido ficar mais com ele”, disse emocionado.
Irmão de menino que morreu com tiro acidental estava voltando para casa quando recebeu a notícia
Reprodução/TV Anhanguera
O caso aconteceu na noite desta quinta-feira (14) no setor Aeroporto. Militares encontraram a criança dentro do carro, ensanguentada e sem sinais de movimento. Uma médica que estava no local tentou realizar reanimação cardiopulmonar, mas não teve êxito. A perícia técnica informou à PM que o disparo atingiu a vítima no rosto, na região nasal, e saiu pela parte posterior do crânio.
Kayky diz que cuidava do irmão como se fosse um pai. Teve contato com o pequeno desde seu nascimento, quando chegou da maternidade. Desde então auxiliava Henrique na escola e questões de saúde.
“Desde aquele tempo até hoje eu tenho cuidado dele. Em 2019 que ele nasceu, aí a gente trouxe ele para cá, para morar aqui agora. Desse tempo para cá era eu que cuidava dele, se ele tinha algum problema de saúde era eu que comprava remédio, levava no hospital. Se precisasse levar na escola era comigo. Essas coisas de pai, essas coisas importantes eram mais comigo”, explicou.
Henrique Coelho Rocha morreu com tiro acidental em Porto Nacional
Arquivo Pessoal
O corpo da criança foi levado para o Instituto Médico Legal de Porto Nacional, passou por exames e foi liberado para os familiares. O velório deve acontecer na tarde desta sexta-feira (15) em uma igreja da cidade. Para o irmão, ficaram as memórias.
“Henrique era um menino bem proativo, gostava muito de brincar. As vezes eu chegava cansado do serviço, eu trabalho até 22h, e ele ia me ver, era a forma de mostrar saudade. É brincar, ‘caçar conversa’, era a forma dele de mostrar que estava com saudade. Ele… nossa se ele estivesse aqui agora ele estaria espoletando aqui, estaria brincando com qualquer um para todo lado. Ele era um menino muito bom”, contou Kayky.
Acidente no clube
Criança morre com tiro acidental em clube na cidade de Porto Nacional
Reprodução/@asportuenses_reserva
A PM informou que o militar, dono do veículo, disse que estava jogando futebol com os amigos em um campo próximo e que a criança estava acompanhada de outro jogador. Henrique teria sido colocado dentro do carro para se proteger da chuva. O militar informou à polícia que momentos depois ouviram um barulho semelhante ao estouro de um pneu, mas acharam que era de um caminhão que passava pelo anel viário e por isso não suspeitaram de nada.
Depois que o jogo terminou, o policial foi para o carro e encontrou a criança no banco ensanguentada. Ele informou à PM que sua arma tinha sido deixada sob o banco do veículo, mas quando verificou não estava mais lá. A polícia disse que a arma foi encontrada no assoalho do carro, constatando que a criança havia manuseado o objeto e disparado acidentalmente.
A Secretaria de Segurança Pública informou que a arma foi apreendida. O caso foi registrado na Central de Flagrantes de Porto Nacional e será investigado pela Polícia Civil.
O g1 solicitou um posicionamento sobre o caso do policial à PM e aguarda retorno.
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.
Henrique Coelho Rocha de 6 anos morreu com um tiro acidental na cabeça em Porto Nacional. O acidente aconteceu em um clube da cidade quando o menino estava dentro do carro de um policial, onde foi colocado para se proteger da chuva. O irmão da vítima, Kayky Rocha, soube da morte quando estava indo para casa e viu a ambulância em frente ao portão.
Em entrevista á TV Anhanguera, Kayky relembrou as boas memórias que construiu com o irmão e lamentou não ter tido a oportunidade de se despedir dele.
“Estava vindo da esquina para cá [casa], quando eu vi os carros aqui. Cheguei no meio do caminho e quase cai. Estava desesperado. O que mais me deixa triste é que eu não consegui dar um último adeus para ele. Não consegui. Passei a manhã toda ocupado e quando saí dessa ocupação já fui para o serviço. Não consegui ver ele, não consegui brincar com ele. Esse é meu arrependimento, não ter passado mais tempo com ele, não ter conseguido ficar mais com ele”, disse emocionado.
Irmão de menino que morreu com tiro acidental estava voltando para casa quando recebeu a notícia
Reprodução/TV Anhanguera
O caso aconteceu na noite desta quinta-feira (14) no setor Aeroporto. Militares encontraram a criança dentro do carro, ensanguentada e sem sinais de movimento. Uma médica que estava no local tentou realizar reanimação cardiopulmonar, mas não teve êxito. A perícia técnica informou à PM que o disparo atingiu a vítima no rosto, na região nasal, e saiu pela parte posterior do crânio.
Kayky diz que cuidava do irmão como se fosse um pai. Teve contato com o pequeno desde seu nascimento, quando chegou da maternidade. Desde então auxiliava Henrique na escola e questões de saúde.
“Desde aquele tempo até hoje eu tenho cuidado dele. Em 2019 que ele nasceu, aí a gente trouxe ele para cá, para morar aqui agora. Desse tempo para cá era eu que cuidava dele, se ele tinha algum problema de saúde era eu que comprava remédio, levava no hospital. Se precisasse levar na escola era comigo. Essas coisas de pai, essas coisas importantes eram mais comigo”, explicou.
Henrique Coelho Rocha morreu com tiro acidental em Porto Nacional
Arquivo Pessoal
O corpo da criança foi levado para o Instituto Médico Legal de Porto Nacional, passou por exames e foi liberado para os familiares. O velório deve acontecer na tarde desta sexta-feira (15) em uma igreja da cidade. Para o irmão, ficaram as memórias.
“Henrique era um menino bem proativo, gostava muito de brincar. As vezes eu chegava cansado do serviço, eu trabalho até 22h, e ele ia me ver, era a forma de mostrar saudade. É brincar, ‘caçar conversa’, era a forma dele de mostrar que estava com saudade. Ele… nossa se ele estivesse aqui agora ele estaria espoletando aqui, estaria brincando com qualquer um para todo lado. Ele era um menino muito bom”, contou Kayky.
Acidente no clube
Criança morre com tiro acidental em clube na cidade de Porto Nacional
Reprodução/@asportuenses_reserva
A PM informou que o militar, dono do veículo, disse que estava jogando futebol com os amigos em um campo próximo e que a criança estava acompanhada de outro jogador. Henrique teria sido colocado dentro do carro para se proteger da chuva. O militar informou à polícia que momentos depois ouviram um barulho semelhante ao estouro de um pneu, mas acharam que era de um caminhão que passava pelo anel viário e por isso não suspeitaram de nada.
Depois que o jogo terminou, o policial foi para o carro e encontrou a criança no banco ensanguentada. Ele informou à PM que sua arma tinha sido deixada sob o banco do veículo, mas quando verificou não estava mais lá. A polícia disse que a arma foi encontrada no assoalho do carro, constatando que a criança havia manuseado o objeto e disparado acidentalmente.
A Secretaria de Segurança Pública informou que a arma foi apreendida. O caso foi registrado na Central de Flagrantes de Porto Nacional e será investigado pela Polícia Civil.
O g1 solicitou um posicionamento sobre o caso do policial à PM e aguarda retorno.
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